Mosquito Aedes aegypti foi identificado em 97,8% dos municípios do estado de Minas Gerais
Medidas de prevenção à proliferação do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya devem ser incorporadas à rotina da população
O mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor dessas doenças, foi identificado em 97,8% dos municípios do Estado de Minas Gerais. Em 2021 Minas Gerais identificou 24.486 casos prováveis de dengue. Desse total, 15.441 casos foram confirmados para a doença. Em relação à febre chikungunya, foram registrados 6.335 casos prováveis da doença e, desse total, 5.367 casos foram confirmados. Foi confirmado 1 óbito por chikungunya em Minas Gerais até o momento. Já em relação à zika, foram registrados 95 casos prováveis e, desse total, 25 confirmados.
Um alerta para a população ter mais cuidado e não deixar água parada neste período do verão, que é onde o mosquito mais se prolifera, de acordo com a coordenadora estadual de Vigilância das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano.
“A Secretaria de Saúde do estado de Minas Gerais recomenda que se esgote as ações de manejo ambiental. A remoção mecânica, limpeza e cuidados em casos extremos que seja necessário tratamento químico, é utilizado”, ressalta.
A Secretaria de Saúde do estado desenvolve atividades de controle vetorial para reduzir a densidade populacional do vetor nos municípios infestados, mediante atividades sistemáticas de controle mecânico (ex. eliminar e/ou proteger os reservatórios com água parada) e químico (ex: inseticidas), realizadas em visitas domiciliares em ciclos bimensais atividades em pontos estratégicos (ex: ferro-velho) e pesquisa de levantamento de índice larvário – LIRAa/LIA permitindo a identificação de áreas com maior proporção e ocorrência de focos, bem como os tipos de criadouros predominantes (ex: pratinhos sob os vasos de plantas), indicando o risco de transmissão de Dengue, Zika e Chikungunya.
A doença se assemelha a uma síndrome gripal grave caracterizada por febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, vômitos, além de dores musculares e nas articulações. Não existe tratamento específico para dengue. Os cuidados terapêuticos consistem em tratar os sintomas. O atendimento rápido para identificação dos sinais de alarme e o tratamento oportuno podem reduzir o número de óbitos, chegando a menos de 1% dos casos.
Situação do País
O Brasil registrou queda 42,6% no número de casos prováveis de dengue entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 543.647 infecções, contra 947.192 em 2020. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Cuidados necessários
Devido às altas temperaturas e às chuvas abundantes, o verão é o período do ano em que os ovos eclodem e acarretam o aumento de infecção por dengue, chikungunya e zika. Por isso, fique atento às dicas para evitar a proliferação do mosquito:
- Vire garrafas, baldes e vasilhas para não acumularem água.
- Coloque areia nos pratos e vasos de plantas.
- Feche bem os sacos e lixo.
- Guarde os pneus em locais cobertos.
- Tampe bem a caixa-d´água.
- Limpe as calhas.
O combate ao Aedes aegypti, transmissor das três doenças, é a principal forma de prevenção. Campanha do Ministério da Saúde orienta que essas medidas para evitar água parada sejam incorporadas na rotina da população, como explica o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses da pasta, Cássio Peterka.
“A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos. Então a campanha desse ano ela traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça.”
Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
Veja no mapa a incidência de dengue no seu município
Fonte: Brasil 61